Por Rodrigo Rafael – @jor_rodrigorafael
O clima é fator determinante para a garantia do meio ambiente equilibrado. As consequências das mudanças climáticas está no que acontece com o Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior calamidade pública de sua história, ocasionada por um evento climático extremo. Há anos os ambientalistas e cientistas tentam alertar as gerações humanas que, se manter o aumento da temperatura média do planeta em 1,5ºC, significa que enfrentaremos mudanças profundas nos ecossistemas planetários.
No ano de 2015, relatório da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul e do Governo da França já apontavam que as chuvas, dentro de poucos anos, aumentariam entre 5% e 10% em território gaúcho. Quem achava que era uma mera previsão científica, de aparente longo prazo, tornou-se a mais triste realidade no sul do Brasil, que traz uma dura lição: precisamos cuidar do direito à vida. Os que sobreviveram, agora lutam por uma vida digna, pois foram afetados em saúde, moradia, educação, segurança, meio ambiente sadio e equilibrado, entre outros.
Hoje, as mudanças climáticas estão entre as maiores ameaças ao mundo. É notório as severas mudanças climáticas que aterrorizam, de um jeito ou de outro, quase toda a população do planeta. Cofundador da iniciativa Covering Climate Now, Kyle Pope alerta: “O trabalho do jornalismo é trazer a consciência do que está acontecendo, mostrar o que está em jogo. Mas o jornalismo também está em crise e a desinformação está crescendo, está se tornando cada vez pior e não é algo que vai parar”, disse recentemente no Encontro Internacional de Educação Midiática.
A sociedade precisa ficar alerta que tempestades severas, como a que atingiu o Rio Grande do Sul, se tornarão mais frequentes com o aquecimento global, o que torna imprescindível a adaptação aos novos padrões climáticos. Para a mudança do clima, não importa você ser liberal ou conservador, ambientalista ou terraplanista, ter votado em Bolsonaro ou Lula… Você habita em um país e um planeta, que tem esquentado devido à queima de petróleo, gás e carvão e ao desmatamento.
“A velocidade da mudança global do clima já excede a capacidade de adaptação dos nossos sistemas naturais e humanos. Se pudéssemos rapidamente mudar de lugar toda a gente, a fauna e a flora e viver igualmente bem em terra ou mar, talvez não fosse uma grande ameaça. Na realidade, nossos sistemas não mudam a um clique, não são instantâneos”, alerta Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, think tank dedicado à política climática.