Os pacientes, quando recebem a alta hospitalar do transplante de medula óssea (TMO), são direcionados para a Casa Durval Paiva, que tem toda uma estrutura para recebê-los. Na instituição, existem apartamentos individuais, com suíte, para que os pacientes mantenham o isolamento, conforme a recomendação médica. Além disso, há uma equipe multidisciplinar, que acompanha e orienta essa família e o serviço de translado, pois, na maioria dos casos, é necessário ir mais de uma vez ao hospital.
Os pacientes pós TMO recebem cuidados, desde o serviço de transporte até a medicação. Dentro do transplante realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é liberado um pacote em valores, para acobertar o paciente, durante o transplante e pós transplante, em medicamentos, não sendo necessária a aquisição de medicamentos. A Casa Durval Paiva também recebe pacientes que realizaram o transplante via plano de saúde, nesse caso, o paciente não está acobertado pelo plano de saúde nas medicações pós TMO.
A Casa proporciona o acolhimento e toda assistência medicamentosa ao paciente pós TMO, através do setor de farmácia. Ao ser cadastrado, é realizado o levantamento das medicações prescritas e a instituição adquiri a medicação, dispensando a mesma ao paciente, para que a família não precise arcar com os custos, que são muitos e duram, em média, 90 dias.
O setor de farmácia faz a articulação com serviço social para que as demandas de medicamentos, fornecidas pelo Ministério da Saúde, como no caso dos imunossupressores, que evitam a rejeição do transplante, possa ser recebida através da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT) RN.
Dessa maneira, o farmacêutico faz a orientação, aquisição e dispensação das medicações, além de organizar os horários, pois a prescrição abrange diversos medicamentos diferentes. Em alguns casos, o paciente faz uso de mais de um, no mesmo horário. Para que a cronofarmacologia seja respeitada e, diariamente, os níveis do medicamento no organismo permaneçam os mesmos, para que não haja nenhuma intercorrência, devido ao uso incorreto.
Por Isabelle Resende – Farmacêutica Casa Durval Paiva