
Alexandre de Moraes divide opiniões. Elon Musk chama o juiz do Supremo Tribunal Federal brasileiro de “Darth Vader” por causa de sua capa preta e testa alta e brilhante, e afirma que ele é um “ditador tirânico disfarçado de juiz”. Outros têm sentimentos mais calorosos. Para os ativistas que pedem restrições ao discurso digital, Moraes é um superstar. Para seus fãs no Brasil, ele é apenas Xandão, “Big Alex”.
Somente no Brasil, que dota seu Supremo Tribunal Federal (STF) de extremo poder, um juiz poderia ser tão proeminente. Como guardiões da prolixa constituição do Brasil, que abrange tudo, desde saúde até salários, os juízes do STF muitas vezes decidem sobre questões que, na maioria dos lugares, são de competência de autoridades eleitas. Por causa do número de casos que isso cria, o STF permite que os juízes tomem decisões consequentes individualmente, em vez de esperar que o plenário se reúna.
Isso dá a cada juiz uma enorme visibilidade – e um ar de celebridade. As decisões são transmitidas ao vivo. O tribunal administra uma conta animada no TikTok. No entanto, nenhum outro juiz do STF tem um perfil público que se compare a Moraes. Ele ficou famoso durante uma campanha secundária no tribunal eleitoral do Brasil entre 2022 e 2024, quando Jair Bolsonaro, ex-presidente de extrema-direita do Brasil, supostamente tentou organizar um golpe para permanecer no poder. Suas investigações sobre Bolsonaro e uma investigação relacionada que ele lidera sobre desinformação online significam que Moraes rivaliza com os membros da Suprema Corte dos EUA pelo título de juiz mais poderoso do mundo.