O fraco desempenho da esquerda nas eleições deste ano está mais relacionado ao juízo econômico do que ao conceito ideológico. O PT ainda teve 7 milhões de votos nas eleições municipais de 2016. Muita gente.
Quem votou contra os candidatos de esquerda quis, na prática, fugir do desastre provocado por aqueles que insistiram em trocar a atitude econômica mais elementar, que é gastar só o que se arrecada, pelo uso ideológico e irresponsável do dinheiro do contribuinte.
Em geral, quem forçou o discurso contra os candidatos de esquerda e fincou bandeira forte contra o uso estabanado do dinheiro público ganhou votos. O PSDB, que construiu a imagem de principal oposicionista do PT, obteve mais votos entre os demais partidos agora em 2016.
Mas quem se elegeu agora terá que mostrar que sabe trabalhar com poucos recursos e ter a coragem de fazer as reformas estruturais duras que vão gerar rancor em alguns segmentos. Não o fazendo, daqui a um ano ou dois estará no inferno político igual à esquerda de atualmente.
O eleitor “tá” nem aí para guinada à direita ou ao centro. As pessoas querem líderes com algum juízo econômico, pelo menos elementar, que lhes devolva a estabilidade nos e