Pressionados pela queda no faturamento nos primeiros meses do ano em função do fechamento para conter o avanço da pandemia na maioria dos estados, bares e restaurantes acumulam dívidas. A reabertura gradual ainda traz pouco alívio, revela pesquisa nacional da Abrasel, realizada no começo de maio em todo o Brasil.
No Rio Grande do Norte, quase metade dos empresários do setor apontam ter débitos vencidos. Destes, 79% estão em atraso no pagamento do Simples ou outros impostos federais (como IR e INSS). Mas não é só. Outros 43% dizem também ter problemas com impostos estaduais e municipais (como IPTU), 40% devem aluguel e 38% têm débitos vencidos de água/luz/gás.
Para o presidente da entidade no Rio Grande do Norte, Paolo Passariello, a flexibilização do decreto, permitindo a ampliação do horário, especialmente à noite, trouxe um alento para o setor. No entanto, segundo ele, os tempos ainda estão muito difíceis.
“A situação dos que trabalham com o almoço, no dia a dia, está mais tranquila, mas os estabelecimentos que têm foco no jantar do turismo, no jantar do lazer, da comemoração, e dos bares que trabalham com foco na noite, esses ainda vivem uma situação muito difícil. Os demais, apesar desse alento, ainda sofrem com o que ficou pra trás”, declara Passarielo.
O alto endividamento e a luta para se manter respirando fazem com que a necessidade de crédito emergencial barato seja grande. Não à toa, 3 em cada 4 empresários recorreriam ao Pronampe (programa de crédito emergencial com juros mais baixos e condições mais favoráveis) neste momento.
“Nós precisamos efetivamente, ainda, de auxílio do Governo. O Pronampe, por exemplo, ainda não foi regulamentado, as medidas de auxílio do Governo do Estado precisam ser mais enfáticas, e precisamos especialmente de auxílio da Prefeitura do Natal que ainda não assinou nenhuma medida que pudesse beneficiar o setor”, conclui Passariello.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Abrasel