Com as mudanças nas regras eleitorais, até para perder a eleição será necessário ter uma estratégia.
Os segundos colocados de cada partido precisarão cumprir metas, pois se não perderem direito, não ficam nem na suplência, mesmo tendo muitos votos.
Os episódios de suplentes assumindo mandatos não são fatos raros. Neste momento, por exemplo, a deputada Carla Dickson está ocupando uma cadeira de deputada federal do Rio Grande do Norte no lugar de Fábio Faria, que pediu licença do mandato para ser ministro das Comunicações. Ela era a suplente e assumiu em substituição a ele.
Em 2022, quem quiser ganhar tem que organizar seu partido para ter, pelo menos, 80% do quociente eleitoral. Como esse quociente no Rio Grande do Norte orbita em 200 mil votos para deputado federal, então, cada legenda terá que ter 160 mil votos de piso para alcançar uma cadeira em Brasília.
E, desses 200 mil, só pode sonhar com conquista de mandato ou suplência aquele candidato que alcançar 20% do quociente eleitoral: 40 mil votos.
Nenhum voto a menos.
Então, até para ser suplente vai ter que suar e pedir votos. 40 mil votos.