ROSENO DE LIMA
Antônio Roseno de Lima, nascido na cidade de Alexandria (RN) em 1926, mudou-se para Campinas (SP) onde trabalhou como fotógrafo e artista plástico, falecendo nessa cidade em 1998. Sua produção remete à “arte bruta”, caracterizando-se por uma liberdade extrema, tanto em termos poéticos, quanto estéticos, com formas e cores instigantes, impactantes, muitas vezes misturando imagem e texto. Assim como sua pintura, o ofício da fotografia popular social em São Paulo é reconhecida pela riqueza da arte do lambe-lambe e integra acervo da Universidade de Campinas-SP, além de estar inserido em exposições como “A Era do Lambe”.
Roseno viveu os últimos vinte anos na Favela “Três Marias” em Campinas. O encontro com o professor Geraldo Porto aconteceu em 1988, em uma feira de artistas primitivistas levada ao Centro Cultural da Universidade de Campinas. “Fiquei tão fortemente impressionado com a singularidade de sua pintura que imediatamente desejei adquiri-las e conhecer o seu criador. Tive a nítida impressão de estar diante de um artista raro. Um dos quadros em exposição representava um carro de boi pintado sobre Duratex com esmalte sintético. As figuras desproporcionais e rígidas eram pintadas sobre um fundo vermelho com as frases pintadas ao redor: O carro de boi, condução de cem anos atrás”, contou o professor, responsável por levar o acervo do artista para galerias do Brasil e museus do exterior.
Serviço:
Conferência virtual
‘A arte bruta de Roseno de Lima: De Alexandria para o Mundo’
Terça-feira (25 de maio), às 20h, nos canais
Para participar da live, acesse:
facebook.com/amigosdapinacoteca
Com informações da jornalista Cinthia Lopes