Instituto Histórico digitaliza obras de Eider Furtado

Entrega do termo de autorização assinado pela família de Eider Furtado. (Foto: Maria Simões)

Na última quinta-feira (20), o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande recebeu da família do advogado e escritor Eider Furtado um termo de autorização para digitalizar e disponibilizar as obras que Furtado publicou em vida. O documento de autorização foi entregue por André Felipe Pignataro Furtado, neto do jurista e diretor de Biblioteca, Arquivo e Museu (BAM), à vice-presidente da instituição, Joventina Simões.

Cinco obras memorialistas serão digitalizadas: Audiência de um tempo vivido (2004); No fórum da memória (2008); Nas veredas do tempo (2010); Meio século de memória (2011); e Retalhos da vida (2019).

Eider Furtado

Natalense, nascido em 23 de abril de 1924, Eider Furtado de Mendonça e Menezes foi advogado, professor e jornalista. Formou-se em direito pela UFRN na primeira turma do curso, em 1959. Em 1968, passou a lecionar direito como professor universitário, até sua aposentadoria em 1991. Em 1997, recebeu da UFRN a láurea de Professor Emérito. 

O advogado também foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB-RN) de 1969 a 1977. Foi durante sua gestão que, em 1970, pela primeira vez uma mulher conquistou um assento no conselho da OAB. Fundou e compartilhou com seus filhos e netos o tradicional escritório Eider Furtado Advocacia, hoje com mais de 60 anos de atuação. 

Profissional multifacetado, atuou, antes de ingressar no direito, na radiofonia potiguar desde a década de 1940, tendo sido diretor da Rádio Poti e Rádio Nordeste. No jornalismo, foi secretário no Diário de Natal. Em 2010, tomou posse na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Faleceu em 2019, aos 95 anos, deixando um respeitável legado pelo serviço notório nas diversas áreas em que atuou.

Gelo Camelo