Quem é Sena Frentista?

Raimundo Luiz de Sena, conhecido como Sena Frentista, nasceu na cidade de Lagoa Salgada (RN), em 18 de novembro de 1963, no tempo em que nas cidades do interior do Rio Grande do Norte não havia acesso fácil à maternidade e as crianças vinham ao mundo pelas mãos das parteiras.

Quem conhece bem a história do Nordeste sabe como as pessoas eram duramente castigadas nas secas de antigamente, quando não havia infraestrutura de distribuição de água como as adutoras de hoje em dia. Por isso, muitos filhos de agricultores fugiam de suas cidades para conseguir emprego e renda em outros centros.

Foi justamente isso que aconteceu com Raimundo.

Aos 18 anos ele entrou em um ônibus que o levou do Nordeste para trabalhar em São Paulo, onde teve seu primeiro emprego como frentista em um posto de gasolina.

Habilidoso no relacionamento com as pessoas, Sena entrou para o movimento sindical, virou presidente do Sindicato dos Frentistas de Guarulhos e por intermédio dele ingressou na Força Sindical, uma grande estrutura de organização de trabalhadores que se espalhou pelo Brasil no começo dos anos 90.

Em 1992, percebendo seu potencial, a Força enviou Raimundo Sena de volta para o Rio Grande do Norte, para ajudar na organização de Fundação da Força Sindical no Estado.

No Rio Grande do Norte, a Luta começou com a fundação do SINTROPERN-Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis no RN, em 30 de abril de 1992. Tendo a como fundador e primeiro presidente Raimundo Luiz de Sena.

Dessa relação com o sindicalismo surgiu a veia política em Raimundo Sena, que logo passou a ser o Sena Frentista, representante de trabalhadores e também aspirante a cargos públicos.

Depois de instalado no Rio Grande do Norte, morando no bairro de Felipe Camarão, Sena voltou à sua cidade Natal, Lagoa Salgada, e lá concorreu a vice-prefeito e mais tarde foi eleito vereador.

Agora em 2024, filiado ao partido Solidariedade, Sena pretende ser candidato a vereador da capital para começar uma luta o que ele acha decisiva para sua categoria de trabalhadores dos postos de gasolina: monitorar o avanço da automação.

“Não sou contra o progresso, mas apelo para o bom senso. O progresso precisa olhar não só para os procedimentos, mas também para as pessoas. Se de uma hora para outra todos os postos virarem self service, o que vai acontecer com as milhares de famílias que dependem dos empregos que existem hoje?”, pergunta ele.

“Os frentistas precisam, neste momento, de alguém para lutar por eles”.

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