Gestão pública é relacionamento. Existem diversos interesses em jogo e conciliá-los é um desafio. E eles não são privados, são públicos! Ser transparente possibilita engajar pessoas. Dialogar é fundamental para convencer e conquistar.
Um dos maiores erros nas gestões públicas, principalmente as municipais, é não fazer gestão de pessoas. É, inclusive, uma das causas do descumprimento do limite prudencial. O servidor não é bem aproveitado, os talentos não são identificados, o gestor quer sempre contratar mais.
Sem gestão de pessoas o gestor não identifica os bons líderes entre os servidores, parceiros e terceirizados. Funções de coordenação caem no colo de pessoas que não sabem motivar outras pessoas e assim comprometem o resultado. Além de saber onde quero chegar, é preciso saber com quem consigo ir. Qualificação de pessoal é outro requisito fundamental!
Além de olhar para as pessoas que estão ao seu lado, o gestor deve considerar aqueles que influenciam na tomada de decisões. Em gestão pública, discutimos o papel do Stakeholder – pessoa ou grupo que pode influenciar na organização pública ou privada.
O gestor tem que saber dialogar com o Legislativo, com os formuladores de agenda, como a mídia, os controladores dos conselhos e Tribunais de Contas, os legitimadores como Judiciário e Ministério Público, a sociedade organizada, os parceiros, fornecedores, terceirizados… é muita gente para considerar!
Gestor público tem que gostar de povo, principalmente do cidadão usuário do serviço público, do contrário não haverá transformação social. Gestão pública é relacionamento. Não gosta de gente? Não arrisque ser gestor!
Diego Vale – empreendedor caicoense, mestrando em Gestão Pública