Lula pede apoio de Israel para nova repatriação na Faixa de Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, na tarde da quinta-feira (16), com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O telefonema durou cerca de 40 minutos, segundo informou, em nota, o Palácio do Planalto. É a segunda vez que os dois líderes conversam por telefone em pouco mais de um mês. A primeira conversa ocorreu no dia 12 de outubro.

Durante o telefonema com Herzog, Lula agradeceu o apoio israelense para a repatriação de 32 cidadãos brasileiros da Faixa de Gaza. Ele ainda informou que está em preparação uma nova lista com nomes de brasileiros e seus parentes palestinos na região, a mais afetada neste conflito. Gaza é controlada pelo grupo islâmico Hamas e, por isso, tem sido alvo constante da invasão e de bombardeios das forças militares de Israel.

Desde a eclosão deste novo conflito entre Israel e Hamas, o Brasil resgatou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Os primeiros resgatados desembarcaram no Brasil em 11 de outubro. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana. O último grupo a chegar, na última segunda-feira (13), foi o único que estava em Gaza.

Em Israel, o sistema de governo é parlamentarista. O presidente é o chefe de Estado, eleito pelo Parlamento do país. O Poder Executivo é exercido pelo primeiro-ministro, o chefe de governo, escolhido entre o partido ou coalizão que obtém a maioria das cadeiras no Legislativo. Atualmente, esse cargo é ocupado por Benjamin Netanyahu. Desde o início da guerra atual, entre Israel e o grupo Hamas, Lula ainda não conversou diretamente com Netanyahu.

Sequestrados

De acordo com o Planalto, Herzog falou a Lula de sua preocupação com os reféns sequestrados pelo Hamas, entre eles diversos latino-americanos, e pediu que o presidente Lula reforçasse o apelo pela sua libertação, em articulação com outros países da América Latina.

“Além de se comprometer com o pedido, o presidente Lula recordou que já fez apelos pela libertação de todos os reféns em contatos mantidos com vários líderes do Oriente Médio (Irã, Emirados Árabes, Turquia, Catar, Egito, Autoridade Palestina), além de França, Rússia e Índia. Informou ter realizado videoconferência com familiares israelenses dos reféns”, diz a nota.

Crise humanitária

Na ligação, informou o governo brasileiro, o presidente Lula “manifestou grande preocupação com a gravíssima crise humanitária em Gaza e consternação com a perda de vidas, em particular de crianças”.

O presidente brasileiro reafirmou a Herzog sobre a tradição pacífica do Brasil, em que judeus e árabes convivem em paz, repudiou atos de antissemitismo em meio ao agravamento do conflito e prometeu coibi-los.

Dois Estados

Ainda de acordo com a nota, Lula relembrou, durante o telefonema, que o Brasil esteve envolvido com a criação do Estado de Israel e continua convencido da importância da solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo lado a lado, com fronteiras seguras e mutuamente aceitas. Lula também falou sobre a defesa do Brasil por mudanças nas instâncias multilaterais de governança, como forma de torná-la mais eficiente na prevenção e resolução de conflitos.

Agência Brasil

Bazar Flor de Lis

Brasileiros estarão na lista para deixar Gaza nesta sexta-feira

Os 34 brasileiros que aguardam para deixar a Faixa de Gaza estarão na lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira nesta sexta-feira (10). A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores, após conversa do ministro Mauro Vieira com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen.

Agência Brasil

Prefeitura de Mossó

“Para obter a paz é preciso assassinar os assassinos”, explica Israel

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o major Roni Kaplan – Divulgação

A Folha de São Paulo divulgou que o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o major Roni Kaplan, diz que o país não queria a guerra com o Hamas, mas que, para obter a paz na região, é preciso “assassinar os assassinos”.

“Temos que desmantelar o grupo terrorista Hamas. Eles são os que trouxeram a maldição para toda essa região”, afirma. Kaplan conversou com a coluna por telefone, na terça (17), desde Tel Aviv.

Na segunda (16), Israel negou a existência de um cessar-fogo temporário com o Hamas para a saída de brasileiros e cidadãos de outros países pela cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito.

Folha de São Paulo

Gelo Camelo

Israel diz que matou viúva de fundador do Hamas, informa Veja

Escombros de um prédio em Rafah, no sul da Faixa de Gaza – 16/10/2023 (SAID KHATIB/AFP)

No 13º dia de guerra, as Forças de Defesa de Israel afirmaram, na quinta-feira, 19, ter matado Rafat Harb Hussein Abu Hilal, chefe da ala militar do grupo radical Comitês de Resistência Popular Popular de Gaza, e de Jamila al-Shanti, viúva do cofundador do Hamas, Abdel Aziz al-Rantisi. Segundo os israelenses, eles morreram após um ataque aéreo feito com caças em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Revista Veja

Bazar Flor de Lis

Brasileiros podem deixar Gaza nesta segunda-feira, diz embaixador

Foto Joedson Alves/Agência Brasil

O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse no domingo (15) esperar que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito, em passagem próxima à cidade de Rafah, na segunda-feira (16). Segundo ele, a embaixada recebeu a informação de brasileiros que estão em Gaza de que “circulam rumores” de que a fronteira será aberta na segunda, e também confirmou essa informação por outro canal.

Um de 28 pessoas, 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil, segue abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira.

Agência Brasil

Prefeitura de Mossó

Brasileiros chegam ao sul de Gaza após dia de tensão, mostra Folha de São Paulo

Ônibus do Itamaraty fretado para brasileiros (Folha de São Paulo)

Após uma saga iniciada na quarta (11), grupo de brasileiros refugiado pelo Itamaraty numa escola católica da cidade de Gaza conseguiu deixar o local e chegou a uma região fora da zona de exclusão determinada por Israel.

O grupo deveria ter partido na manhã deste sábado (14, madrugada no Brasil), mas bombardeios israelenses justamente contra Khan Yunis, a cidade por onde passariam na sua tentativa de cruzar a fronteira para o Egito no posto de Rafah, ainda mais ao sul da capital, impediram.

Eles deverão agora ficar na casa de uma das famílias de nacionalidade brasileira da cidade, que também pediram para serem evacuados de Gaza.

Folha de São Paulo

Gelo Camelo