Toda vez que um prato que retorna do salão de um restaurante por insatisfação do cliente ou uma lâmpada fica acessa durante o dia mesmo com excesso de iluminação natural o empresário perde dinheiro. Esses são exemplos claros de como os detalhes podem custar caro, principalmente, para os pequenos negócios. Ao invés de contribuir para aumentar a lucratividade, o desperdício faz a empresa jogar dinheiro no lixo. Na semana que antecede o Dia do Meio Ambiente, comemorado na próxima segunda-feira (5), o Sebrae no Rio Grande do Norte elencou alguns cuidados necessários a quem está à frente de uma pequena empresa para minimizar gastos inúteis em época de crise, aumentar a lucratividade do negócio.
Para se ter uma noção da gravidade, somente no setor industrial, o desperdício equivale a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pelos cálculos do governo. “De forma geral, o setor industrial é marcado, infelizmente, pelo desperdício, que poderia ser evitado com revisão de processos. É um desafio para as empresas desse segmento repensarem o desperdício no início do processo, e não na ponta, onde já está acumulado o resíduo”, analisa a gerente da Unidade de Desenvolvimento da Indústria do Sebrae-RN, Lorena Roosevelt.
Embora sem estatísticas, nos demais setores, esse mal se revela no comprometimento a competitividade da empresa. O caminho é adotar práticas sustentáveis dentro da empresa e redobrar o cuidado contra o desperdício. ‘”A política de combate ao desperdício otimiza recursos e matérias primas, reduz custos de produção e aumenta os lucros de empresas de qualquer setor”, enfatiza a gerente.
Um dos cuidados tem a ver com o primeiro exemplo citado, o do restaurante. O empresário deve se prevenir contra defeitos em seu produto. Se alguma mercadoria ou serviço for entregue com falhas, as despesas da empresa aumentam porque os funcionários terão que refazer o produto, o que demanda tempo e dinheiro. O ideal é investir em treinamentos e estabelecer um padrão na operação de equipamentos e atividades, com a definição de métodos, sempre buscando melhoria nos processos.
Da mesma forma que os defeitos, a superprodução também representa um risco. Produzir mais do que é capaz de vender pode ser muito ruim para a empresa. Significa desperdício de material e tempo. O empresário precisa ter cuidado com as políticas de metas de produção. O Sebrae recomenda que empreendedor estabeleça um planejamento de acordo com a real demanda do empreendimento.
Uma área que também merece atenção é o estoque. Mercadorias acumuladas podem ser perdidas por erros de armazenagem e prazo de validade vencido, além de demandarem espaço e esforço para administrá-las. Planeje a compra de materiais e a produção de acordo com a demanda, baseando-se em estatísticas confiáveis de venda e controle de estoque. Estoque excessivo significa dinheiro parado.