Eleitores de Lula não vão gostar

Print feito de notícia da Folha de São Paulo

A Folha de São Paulo publicou uma notícia na segunda-feira destacando um encontro do vice-presidente Geraldo Alckmin com industriais da Fiesp, em São Paulo. A notícia destaca a fala do vice-presidente e ministro da Indústria dando conta de que o Governo Lula não vai acabar com as reformas Trabalhista e Previdenciária, aprovadas pelo Congresso.

O interessante é que o desejo de revogação dessas reformas flutua com muita densidade na atmosfera de enorme parte do eleitoral de Lula, principalmente aquela parte que só vai poder se aposentar aos 65 anos (se não tiver morrido antes de chegar lá).

E agora?

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Para o bem do Brasil, é melhor que nenhum deles vença. Precisamos de algo novo.

Foto da Folha

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Para o bem do Brasil, é melhor que nem Alckmin nem Lula vençam a eleição.

Cada um deles em seu ambiente representa as práticas antigas da política que levou a gente ao precipício, tanto faz se foi dolo ou culpa. Os grupos que historicamente os seguem estão entrincheirados em rotinas nocivas ao equilíbrio institucional, político e econômico do País.

O PT e o PSDB precisam apresentar gente nova, com pensamento mais moderno.

O que a gente necessita agora é de uma geração mais arejada. Um candidato menos belicoso.

Para o futuro é melhor que Lula e Alckmin se afastem da caneta do poder para que um novo público recomece o Brasil. O afastamento deles do núcleo central do comando seria bom até para a oxigenação dos partidos. PSDB e PT são as agremiações programaticamente mais importantes. (O PMDB tem muitos votos, mas construiu uma imagem de fisiologismo que fica difícil colar alguma bandeira positiva nele.)

Os partidos são importantes. Representam o caminho por onde vão passar as novas lideranças. Não concordo com a extinção do PT nem do PSDB.

Mas a ascensão dos mesmos personagens “reempodera” (se é que isso existe) as práticas que não servem mais.

Lula é especialista em fazer o oposição, canalizou nossos sonhos no passado de que um trabalhador poderia chegar à Presidência. A gente precisa da energia dele na oposição. Na administração da economia não dá mais. Alckmin impregnou-se com um tipo de carimbo que enerva uma turma da esquerda que precisa ser pacificada.

Para o bem do Brasil, é melhor que nenhum deles vença. Precisamos de algo novo.

Gelo Camelo