Abrasel RN se posiciona contra imposto de 20% desejado pelo Governo do Estado

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no RN, Abrasel, divulgou nota contra a alíquota de 20% que o Governo do RN ambiciona manter durante o ano de 2024 contra a economia do RN.

“A Abrasel vem por meio desta nota expressar nossa profunda preocupação e desacordo com o projeto de lei enviado a esta casa pelo do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, que visa manter a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 20%. Tal decisão impactará negativamente a vida de todos os cidadãos do estado e prejudicará significativamente o desenvolvimento econômico da região.

Tomamos conhecimento do fato apenas pela imprensa, na última sexta-feira, o que causou ainda mais surpresa, visto que sempre estivemos abertos ao diálogo com o Governo Estadual.

Esta medida prejudica a competitividade das empresas do Rio Grande do Norte, tornando produtos e serviços mais caros, o que afasta investimentos e leva ao fechamento de empresas já existentes.

Além disso, sobrecarrega os cidadãos com custos adicionais, afetando diretamente o poder de compra e a qualidade de vida da população.

O ICMS é um dos principais tributos estaduais e possui grande relevância na economia local. No entanto, a manutenção de uma alíquota tão elevada como 20% é excessivamente onerosa para os contribuintes, incluindo empresas e consumidores, dificultando a atividade econômica e, consequentemente, a geração de empregos e o crescimento do estado.

É fundamental que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte considere os impactos negativos dessa proposta e avalie alternativas que possam equilibrar as finanças estaduais sem prejudicar de maneira desproporcional a sociedade. A busca por medidas fiscais mais equilibradas e justas é essencial para promover o crescimento econômico, a geração de empregos e o bem-estar de todos os cidadãos.

Portanto, insisto a Assembleia Legislativa a realizar uma análise detalhada dessa questão, ouvindo a sociedade, especialistas e setores envolvidos, a fim de buscar soluções que possam atender às necessidades financeiras do estado sem sobrecarregar injustamente a população.

Atenciosamente,

Paolo Passariello

Presidente do Conselho de Administração da Abrasel no Rio Grande do Norte.”

Bazar Flor de Lis

Fecomércio RN repudia aumento do ICMS desejado pelo Governo do RN

“Mais uma vez com surpresa, a Fecomércio RN tomou conhecimento, por meio da imprensa, do envio à Assembleia Legislativa, pelo Governo do Estado, de um projeto de Lei que mantém a alíquota do ICMS em 20%. 

Nossa entidade tem buscado manter uma postura propositiva, de diálogo aberto e construção de soluções. Lamentamos que o Setor Produtivo não tenha sido novamente ouvido pelo executivo estadual no contexto desta medida. 

Considerando o impacto de tal projeto para a sociedade como um todo, seus efeitos para o ambiente do empreendedorismo, consumo das famílias e manutenção de empregos no nosso estado, enviamos documento a todos os deputados, solicitando que este tema possa ser debatido com profundidade junto a todas as esferas impactadas. 

A Fecomércio RN tem todo interesse de contribuir e participar ativamente desta discussão na casa legislativa estadual, pois, na condição de legal representante dos segmentos do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, somos contrários à manutenção dessa alíquota. 

Dados da própria Sefaz-RN mostram que, em doze meses, não houve perda efetiva de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de R$ 366 milhões na arrecadação das “Blue Chips”, houve aumento de R$ 617 milhões no total. Ou seja, o crescimento nos demais segmentos deixou um saldo superior a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação. 

Aumento de imposto se reflete diretamente em diminuição de consumo. Vivemos em contexto do crescimento de endividamento e inadimplência da população potiguar, tendo o nosso estado apresentado resultados acima da média nacional nestes itens.  

É urgente um olhar mais amplo e profundo, que permita medidas sustentáveis e que não penalizem a população, como tem acontecido. A sociedade não suporta mais pagar essa conta!”

Fecomércio RN

Gelo Camelo

Fecomércio RN também é contra ICMS de 20% desejado pelo Governo Fátima: “perda de competitividade”

“A Fecomércio Rio Grande do Norte, na condição de principal entidade representativa do segmento do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado, manifesta surpresa e perplexidade com o anúncio recente da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-RN) acerca da intenção de manter a alíquota de 20% do ICMS no RN, em 2024. 

Como viemos alertando, nosso estado perde competitividade. Nosso vizinho, a Paraíba, apesar da recente aprovação no aumento da alíquota para o ano que vem, anunciou no início deste ano um conjunto de medidas de incentivo fiscal, reduções, isenções de impostos e de inovação, o que já tem se refletido na geração de empregos e crescimento da economia.

Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, estamos pagando o preço do aumento de impostos desde abril.  Também vale frisar que, mesmo com pequenas altas no saldo de empregos formais calculado pelo Caged, até agosto, o cenário aponta que fecharemos 2023 abaixo dos resultados de 2022.  

Além disso, no primeiro semestre, somente em Natal, os percentuais de endividamento das famílias chegaram a 88% e de inadimplência a 47%, acima das médias nacionais, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Dados da própria Sefaz-RN mostram que, em doze meses, não houve perda efetiva de arrecadação de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de R$ 366 milhões na arrecadação das “Blue Chips” (telecomunicações, combustíveis e energia elétrica), houve aumento de R$ 617 milhões na arrecadação total, ou seja, o crescimento nos demais segmentos da arrecadação deixou um saldo superior a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação. 

Além disso, ontem (04), o Senado aprovou uma PEC que destina R$ 10 bilhões a serem repassados antecipadamente este ano aos estados ainda a título de compensação pela perda de receita provocada pela redução do ICMS incidente sobre combustíveis, vigente de junho a dezembro de 2022 (PLP 136/2023). O RN deve ficar com cerca de R$ 350 milhões deste valor, dos quais cerca de R$ 90 milhões devem ir para os municípios e os R$ 260 milhões restante ficar com o estado.  

Por fim, entendemos que é preciso que o Congresso se posicione com brevidade e, se for o caso, esclareça melhor a regra de transição proposta na Reforma Tributária, relativas ao IBS e CBS, e sobretudo as compensações previstas para serem custeadas com o Fundo de Equalização. Caso os recursos estimados para esse Fundo sejam suficientes para manter os níveis de arrecadação com o ICMS atual quando da implantação do IBS, não há motivos para a correria dos estados na busca por aumentar as suas alíquotas modais.  

Por outro lado, se os recursos não forem suficientes, parece ainda mais imperativo que o Senado debata um modelo que não estimule esta alta generalizada das alíquotas modais que, na prática, acabam por elevar sobremaneira a carga tributária do país. 

É sabido que o aumento da carga tributária gera, em consequência, a elevação dos preços dos produtos e serviços, reduzindo, sintomaticamente, os níveis de consumo. Tudo isso, infelizmente, levará à queda na arrecadação tributária do estado, em sentido totalmente inverso ao pretendido. 

Com esse cenário posto, os principais penalizados serão os consumidores e os empregos do Rio Grande do Norte. “

Bazar Flor de Lis

QUEM AVISA AMIGO É! Cristiane diz ao Governo que vai votar contra os 20% de ICMS

As notícias sobre a possibilidade do Governo do Estado manter a alíquota do ICMS em 20% para 2024 ganharam repercussão no plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Durante a sessão da quinta-feira (28), a deputada estadual Cristiane Dantas (Solidariedade) disse que esta iniciativa significaria colocar a “população para pagar a conta” das dívidas do Executivo.

“Votei contra e continuarei votando contra se vier outro projeto para essa casa para expandir para 2024 o ICMS em 20%.”, disse a deputada.

Gelo Camelo