A Associação dos Procuradores do Estado (Aspern) luta pela Catita

A Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental ( da Procuradoria Geral do Estado), exercendo sua atribuição legal de defender e  promover as ações necessárias a preservação do patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Norte, saiu-se vencedora na Ação Civil Pública ajuizada contra o Estado de PE e o IPHAN/PE, cujo objeto é  ver reconhecido a importância histórica da  LOCOMOTIVA CATITA para o Estado potiguar e a conseqüente devolução desta  por parte de Pernambuco.

 Ao tomar conhecimento da Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público, o Estado do Rio Grande do Norte, através da Procuradora do Estado, Marjorie Madruga, da  Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental, ingressou no processo no pólo ativo, como Assistente Litisconsorcial do Ministério Público, por entender que a Locomotiva Catita guarda uma imensa importância histórica e cultural para o Estado, a qual deverá vir a ser, por estas razões, um ponto turístico no futuro próximo. E, com efeito, tem o Estado do Rio Grande do Norte o direito de tê-la em seu território e o Estado de PE o dever de devolvê-la.

 A CATITA é uma locomotiva férrea inglesa de pequeno porte, adquirida pela Estrada pela Estrada de Ferro Central do RN em 1906.

 A história da Catita está intimamente ligada ao nascimento das Pontes sobre o Rio Potengi. Em mais de uma ocasião, foi a Catita testemunha de honra destes dois importantes marcos da expansão e da mobilidade urbana de Natal no século XX.

 Em 1916, a Catita foi escolhida para puxar a composição que conduziu importantes figuras do cenário potiguar (Joaquim Ferreira Chaves, Januário Cicco, Henrique Castriciano e Juvenal Lamartine ) para a inauguração da Ponte de Igapó, considerada, à época, a maior obra ferroviária da Região Nordeste.

Cinqüenta anos depois, precisamente em 1966, a RFFSA autorizou o corte de 26 locomotivas a vapor usadas, as quais seriam vendidas para o ferro velho. Quando a comissão pernambucana designada para este fim veio ao RN e reclamou que só havia 25 locomotivas, descobriu que a ausente era justamente a Catita, escondida pelos empregados da empresa que não queriam que esta virasse sucata.  Foram estes os primeiros a defenderem, com êxito,  o patrimônio do Rio Grande do Norte. Assim, a Catita ficou aos cuidados do Sr. Manoel Tomé de Souza ( Sr. Manoezinho), que a deixou em condições de trafegar novamente.

Mais tarde, para atender à crescente demanda rodoviária, o Governo do RN, na gestão de Walfredo Gurgel, firmou parceria com a RFFSA para a construção de uma nova ponte sobre o estuário do Potengi, a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como “A Ponte de Igapó”, a primeira de concreto em Natal, inaugurada em 26 de setembro de 1970. Para esta ocasião, a Catita foi restaurada a fim de fazer o percurso, pela segunda vez em sua existência,  de inauguração da nova ponte, assim como o fizera 54 anos antes.

 Mais uma vez ela, como se este fosse seu destino, transportou importantes figuras personalidades do Estado, Autoridades civis e militares, entre as quais o então Governador Monsenhor Walfredo Gurgel, o General Duque Estrada, o Almirante Álvaro Guimarães e o então Diretor do DER/RN, Fernando Bezerra.

 Em 1975, a Catita foi levada para Recife, a fim de decorar o escritório regional da RFSSA. De lá, seguiu para o Museu do Trem, também na capital pernambucana, onde encontra-se até o momento, agora na espera de ser transportada, nos próximos 90( noventa )  dias, para o Estado do Rio Grande do Norte.

 Se a fragilidade da memória está diretamente ligada á problemática da identidade, como bem ressaltou a Excelentíssima Dra. Gisele Araújo Leite, ao proferir a sentença que reconheceu ser a Catita patrimônio cultural do Rio Grande do Norte, podemos entender por que aCatita não se fez presente  nem sequer foi lembrada na inauguração da terceira ponte do Rio Potengi, a Ponte Newton Narravo. Se a tradição fosse rainha, certamente a ausência desta teria sido, no mínimo,  notada. A conservação ou a deterioração do patrimônio cultural, histórico, paisagístico de um povo é um reflexo direito dos valores da sociedade e da relação que esta  tem com sua própria história.

Bom lembrar que as Declarações, Convenções e Pactos Internacionais sobre direitos humanos consagram a Diversidade Cultural como uma questão fundamental da pessoa humana. Eis por que assim está reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos(1948), na Convenção Americana de Direitos Humanos ( 1069), no Protocolo de San Salvador sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1988), entre outros.

Catita é símbolo do patrimônio potiguar e como tal deve ser preservada para as presentes e futuras gerações, como testemunha da identidade cultural e histórica dos potiguares.  “ Deve,pois, retornar à casa.”, assim concluiu a D. Juíza Gisele Araújo.

Assim, a Dra. Gisele Araújo Leite, Excelentíssima Juíza Federal da 4ª. Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, reconheceu a importância histórica da Locomotiva Catita e seu reboque para o Estado do Rio Grande do Norte, caracterizando-a como patrimônio cultural do povo potiguar e, ainda, condenou o Estado de PE a devolver a Catita ao Rio Grande do Norte, cabendo a este  providenciar seu transporte de volta para Natal no prazo de 90 ( noventa) dias, contados da intimação da sentença.

Até o final desta semana, Dra. Marjorie Madruga estará se reunindo com o Superintendente do IPHAN/RN, Dr. Onézimo Santos, a fim de discutir o destino da Catita em solo potiguar, a qual deverá receber o tratamento e o lugar de destaque a que faz jus, fazendo nascer para o Estado do RN um novo ponto de visitação turística, incrementando, assim,  o turismo cultural. Assim esperam a Procuradoria Geral do Estado e o IPHAN/RN.

Bazar Flor de Lis

Cantora Kelly Lyra é a atração no projeto Sexta do Bom Bar

Sexta-feira, 12 de julho, a partir das 22h, quem toca no Bom Bar Restaurante, em Mossoró, é a cantora Kelly Lira, dentro do projeto “Sexta do Bom Bar”.

Pau-ferrense, radicada na cidade de Mossoró, Kelly Lira  interpreta MPB.

Cantora Kelly Lira

Cantora Kelly Lira

O Bom Bar Restaurante fica localizado na Rua Frei Miguelinho, 599, Bairro Doze Anos, Próximo á Praça da Convivência, em Mossoró.

Gelo Camelo

Dudu Galvão, do Clowns de Shakespeare, lança carreira de cantor de jazz

Dudu Galvão, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, lança um trabalho solo como cantor de jazz e faz  o show de estreia, “Tempo de Ontem”, com o pianista Oswin Lohss.

Será em duas datas, 01 e 02 de junho, às 20h, no Barracão Clowns

Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira). Venda antecipada no PITTSBURG da Prudente de Morais. Informações: 84 32211816 ou 88267879

Gelo Camelo

Justiça emite decisão para proteger acervo do Diário de Natal

Diário de Natal foi o mais importante jornal do RN

Diário de Natal foi o mais importante jornal do RN

O Tribunal de Justiça divulgou que a juíza Andréa Régia Leite Holanda Macedo Heronildes, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal, atendeu ao pedido feito pelo Ministério Público Estadual em que veda aos Diários Associados Press S/A a realização de qualquer ato de alienação, transferência, deslocamento, modificação ou destruição de qualquer dos itens integrantes do acervo do extinto jornal O Diário de Natal.
A proibição surtirá efeito pelo prazo de 90 dias, que é o prazo necessário para a conclusão de um procedimento de inventário. Para o caso de descumprimento da medida, a juíza estipulou a aplicação de uma multa diária de R$ 3 mil. O acervo encontra-se atualmente abrigado no prédio situado na Avenida Bacharel Tomaz Landim, nº 1.042, Jardim Lola, São Gonçalo do Amarante/RN.
A magistrada determinou a intimação do Presidente da Fundação José Augusto, para no prazo de 40 dias, enviar aquele juízo, um inventário dos itens integrantes do acervo da empresa elaborado por técnicos daquela Fundação. Ela determinou ainda o envio de cópia da decisão e do pedido inicial ao IPHAN, a Procuradoria Geral do Estado e a Procuradoria Geral do Município.
Na Ação Civil Pública, o Ministério Público afirmou que em virtude de representação formulada pelo Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Rio Grande do Norte, chegou ao seu conhecimento, a situação de gradual dilapidação do arquivo de fotografias, vídeos e publicações do extinto jornal O Diário de Natal.
De acordo como MP, tal situação foi gerada pela falta de espaço adequado para o material, e com isso, todo o acervo estaria na iminência de ser desconstituído, com provável venda para alguma instituição particular, inclusive de outro Estado, colocando em risco um importante acervo histórico-cultural do Rio Grande do Norte.
Em virtude disso, fez postulações em Juízo com o propósito de resguardar e proteger o acervo que bem representa à memória do povo do Rio Grande do Norte.
Quando analisou a questão, a magistrada constatou a presença dos requisitos da fumaça do bom direito e do perigo da demora, pressupostos indispensáveis à concessão da medida de urgência. Ela também destacou o que dispõem os artigos 23 e 216 da Constituição Federal, que bem demonstram a importância do patrimônio cultural brasileiro, quer por refletir a própria identidade do povo, nação ou da própria comunidade local, quer por ser marco histórico e paisagístico à memória da sociedade.
Bazar Flor de Lis

Senai inaugurou Indústria do Conhecimento em Campo Grande

Fiern inaugurou a sétima Indústria do Conhecimento

Fiern inaugurou a sétima Indústria do Conhecimento

A Industria do Conhecimento “João Câncio Leite Melo”, na cidade de Campo Grande, (antigo município de Augusto Severo) foi inaugurada pelo Senai no último dia 17 de maio. O presidente do Sistema FIERN, empresário Amaro Sales, o prefeito Francisco das Chagas Eufrásio Vieira de Melo (Bibi), estiveram juntos no evento.

A biblioteca que é a sétima inaugurada pelo atual presidente da Fiern, Amaro Sales.

O empresário Antônio Gentil, amigo da família do homenageado, falou sobre a trajetória de João Câncio de Melo. “Campo Grande assiste uma justíssima homenagem a um filho da terra. Ele sempre foi um homem que gostou de leitura. Dar o nome dele a esta casa que fomenta o conhecimento faz jus a um homem de leitura”, disse.

A Industria do Conhecimento é uma unidade multifunção composta por uma biblioteca, computadores com acesso a internet, CDteca, Gibiteca, DVDteca e visa promover a integração dos trabalhadores e a comunidade ao conhecimento.

O homenageado João Câncio de Melo nasceu em Campo Grande. Formado em direito atuou por 10 anos como assessor jurídico do SESI, no final da década de 50. Trabalhou também como adjunto de promotor, procurador jurídico do RN, juiz do TRE.

O Projeto Indústria do Conhecimento já realizou, entre 2009 a março de 2013, 62.297 atendimentos. Para este ano ainda serão inauguradas mais três unidades Santo Antônio do Salto da Onça, Almino Afonso e na empresa Vicunha.

Gelo Camelo

Jornalista preso na ditadura homenageado pelo vereador Rafael Motta

Jornalista Marcelo Melo (à esquerda) foi homenageado pelo vereador Rafael Motta

Jornalista Marcelo Melo (à esquerda) foi homenageado pelo vereador Rafael Motta

A Câmara Municipal de Natal homenageou o jornalista Marcelo Mário de Melo.  A sessão foi proposta pelo vereador Rafael Motta (PP). Na ocasião, foi realizada a entrega do diploma comemorativo em homenagem ao jornalista.

Rafael Motta falou sobre a importância da iniciativa. “Estou aqui para agradecer e aprender com o exemplo do jornalista Marcelo de Melo que lutou e arriscou sua vida pelas liberdades democráticas em nosso país”, afirmou o vereador, que ocupa a presidência da Comissão de Direitos Humanos, Trabalho e das Minorias.

“Sou um sobrevivente daquele período de lutas”, declarou Marcelo de Melo. “Fui preso em Natal, na Lagoa do Bonfim, e, por isso, essa homenagem tem um enorme valor simbólico para mim já que esta cidade faz parte da minha história”, explicou. “ Não posso deixar de fazer referência à memória dos companheiros mortos ou desaparecidos durante a ditadura militar”, recordou o homenageado.

Marcelo Mário de Melo nasceu em Caruaru em 1944. Autor de poemas, histórias infantis, minicontos, textos de humor e notas críticas. Aos 17 anos de idade, participou da fundação do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) em 1967-68. Entrou na clandestinidade e foi preso político entre 1971 e 79, tendo participado de 5 greves de fome durante este período.

Crédito das fotos: Elpídio Júnior

Bazar Flor de Lis

Carnaval de Macau nas belas fotos de Canindé Soares

Um dos melhores custo benefício entre os investimentos dos carnavais do Rio Grande do Norte é a parceria entre o fotógrafo Canindé Soares e o carnaval de Macau. Fotos maravilhosas que mostram não só a folia nas ruas mas também a beleza do recorte do litoral daquela cidade.

Veja um ensaio completo agora no www.canindesoares.com

Carnaval de Macau com fotos de Canindé Soares

Carnaval de Macau com fotos de Canindé Soares

Gelo Camelo

A posse de Júnior Grafith, da Banda Grafith, na Câmara de Vereadores

Júnior Grafith assina termo de posse na Câmara de Vereadores

A nação grafiteira de Natal agora tem um representante na política.

O músico Júnior Grafith (PRB), mesmo partido de Raniere Barbosa, assumiu  terça-feira  o cargo de vereador na Câmara Municipal de Natal. A solenidade de posse, realizada no gabinete da presidência da Casa, foi conduzida pelo presidente da CMN, vereador Albert Dickson (PP).

Júnior Grafith era segundo suplente de sua coligação e assumiu o cargo após dois vereadores eleitos (Raniere Barbosa e Justina Iva) terem sido convocados pelo prefeito Carlos Eduardo Alves para serem secretários de Serviços Urbanos e de Educação do município de Natal.

“Ao assumir o cargo de vereador, assumo também o compromisso de trabalhar para melhorar Natal, trabalhando principalmente na área da cultura”, disse Júnior Grafith.

 A solenidade contou ainda com a presença dos vereadores Julio Protásio (PSB), Ubaldo Fernandes (PMDB), Maurício Gurgel (PHS), Franklin Capistrano (PSB),  Dickson Nasser Jr. (PSDB), Aquino Neto (PV) e Adão Eridan (PR).

Vereador Albert Dickson, presidente da Câmara, deu posse a Júnior Grafith

Vereador Albert Dickson, presidente da Câmara, deu posse a Júnior Grafith

 

Gelo Camelo