Gustavo e Zé dias suspeitam. Isolda, Francisco e Vivaldo defendem.

Deputados debateram administração de Fátima Bezerra ontem na Assembleia

As medidas restritivas da pandemia e contratos do governo do Rio Grande do Norte foram temas dos discursos dos parlamentares estaduais no horário dos deputados, que encerra a sessão ordinária da Casa. Nesse horário se pronunciaram os deputados Vivaldo Costa (PSD), Gustavo Carvalho (PSDB), Francisco do PT, José Dias (PSDB) e Isolda Dantas (PT). Vivaldo fez um apelo para que se fosse decretada uma ‘trégua’ entre as diferentes correntes políticas para que se possa enfrentar a pandemia do coronavírus.

“A informação é muito importante e a gente sabe que salva vidas quando é passada de forma correta. Quando a informação é deturpada pode causar mortes”, acenou Vivaldo, ressaltando declarações de um dos maiores cientistas mundiais, que vem assessorando o presidente dos Estados Unidos, em entrevista à imprensa brasileira no final de semana. O parlamentar lembrou que as medidas adotadas pelos Estados Unidos, como a vacinação em massa, se dão exatamente pelo bom assessoramento do presidente, que conta com cientistas de respeito em todo o mundo.

“Aqui no Rio Grande do Norte a governadora Fátima Bezerra (PT) está indo no caminho certo; assessorada por um Comitê Científico tem tomado as medidas certas”, disse Vivaldo, parabenizando o prefeito do município de Monte das Gameleiras por ter baixado um decreto com toque de recolher a partir das 18h e o fechamento de pousadas e hotéis. Ele lembrou da declaração do infectologista americano, que prevê para o Brasil, um tempo de um ano ainda de pandemia, caso o País não se decida por um lockdown.


O deputado Gustavo Carvalho cobrou da governadora Fátima Bezerra, explicações sobre a formação de um consórcio reunindo duas empresas vencedoras de licitação para instalação da ‘caixa cênica’ do Teatro Alberto Maranhão. O parlamentar afirmou que a formação do consórcio foi feita com a diferença de um dia útil entre a formação e a assinatura do contrato pelo Governo do Estado. O deputado ressaltou que as obras, com recursos do Banco Mundial, foram orçadas em R$ 2 milhões. “Quero parabenizar o Tribunal de Contas do Estado que está investigando 10 contratos do Governo”, disse Gustavo, parabenizando ainda o Ministério Público. O deputado afirmou ainda que, como presidente da Comissão de Finanças da Assembleia, vai enviar ofício à Procuradoria Geral do Estado, pedindo para que seja apresentada a ação judicial do Governo do Estado sobre a compra de respiradores que não foram recebidos, mas que custou aos cofres públicos o valor de R$ 5 milhões.


Líder do Governo na Assembleia, o deputado Francisco do PT respondeu ao deputado Gustavo, depois de informar à deputada Cristiane Dantas (Solidariedade) que o Governo está depositando, até o final dessa semana, uma parcela das diárias operacionais de policiais militares e civis. Sobre o consórcio formado por duas empresas para construção da Caixa Cênica do TAM, explicou que, assim como já foi informado pelo Governo, a Lei 8666/93 permite a formação de consórcios para que se participe de licitações.

Francisco do PT lembrou que os órgãos de controle existem para investigar. “Os órgãos estão fazendo o papel que lhes compete, que é o de investigar”, disse Francisco, ressaltando que todo gestor, prefeito ou secretário de Estado, cargos que ele e outros parlamentares já exerceram, já foram investigados e responderam a processos, mas não foram condenados.

“No caso dos respiradores o Tribunal de Contas, através do Ministério Público de Contas, já confirmou que não encontrou irregularidades nem má fé por parte do Governo do Estado”, disse o deputado. O parlamentar lembrou ainda que outra denúncia feita pelo deputado de oposição, no caso de transporte sanitário por parte do Governo do Estado, já foi arquivada pelo TCE.

O deputado José Dias reiterou as críticas ao contrato para compra de respiradores e ao Consórcio Nordeste, formado por governadores da região, e responsável pela compra. “Foi feito para cometer desmandos, ilícitos”, disse José Dias, tecendo críticas também aos órgãos de controle. Ele também comentou sobre a formação do consórcio de empresas para instalação da ‘Caixa Cênica’ do Teatro e falou sobre “desvio” por parte do Governo na utilização de recursos enviados pelo governo federal para o controle da covid. “A pressa é amiga de interesses escusos”, concluiu.

A deputada Isolda Dantas se pronunciou para rebater o colega oposicionista, afirmando que parlamentares eleitos pelo povo têm que agir como “pastoradores da verdade”, reforçando que “estamos vivendo tempos difíceis, de mentiras, que hoje são chamadas de fake news”. A deputada reforçou que parlamentares têm a responsabilidade de falar a verdade e que têm obrigação de conhecer a Lei 8666 que permite a constituição de consórcios para disputar licitações. “Os recursos do Governo Cidadão serão utilizados agora porque a gestão anterior reformou o Teatro sem fazer a caixa cênica”, afirmou.

A deputada lembrou que o Tribunal de Contas do Estado já emitiu nota sobre o assunto e encerrou o discurso reforçando a ‘necessidade da verdade imperando na política’.

Com informações da Assembleia Legislativa do RN.

Gelo Camelo

Deputado sugere ao Governo mudança no estatuto da Policia Militar

Requerimento do deputado estadual Gustavo Carvalho apresentado quarta-feira (15) de março na Assembleia Legislativa, sugere ao governador Robinson Faria a elaboração de um projeto de lei que altere o texto do Estatuto da Policia Militar facultando ao policial militar que tenha ido para a reserva por assumir cargo eletivo que possa retornar à ativa quando terminar o mandato.  

Pela lei atual o militar que exercer função política após o fim do mandato entra obrigatoriamente na reserva, espécie de aposentadoria compulsória para os militares estaduais, sem a possibilidade do retorno ao serviço ativo da corporação.

“Hoje, enquanto o servidor público pode ser candidato, ser eleito e exercer o mandato, e ao término retornar ao serviço público, o militar, não importando quantos anos de serviço tenha, é obrigado a passar para a inatividade, recebendo o salário proporcional, sendo apenado por tentar exercer um mandato político, perdendo o direito de retornar ao serviço público e complementar a sua aposentadoria” afirma o parlamentar.

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